terça-feira, 5 de junho de 2012

RELIGIÃO X FILOSOFIA


 Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; (Colossenses 2:8)



Qual é o papel da filosofia, se ela não tem de nos libertar da ignorância e nos elevar ao saber? É que só ela nos traz o entendimento da aparência como aparência. Porque vivemos na aparência, mas não sabemos, uma vez que, ao contrário, deixamo-nos levar continuamente a absolutizar aquilo que nos aparece, e, em vez de deixá-lo valer unicamente nos limites da aparência, nós o supomos valendo pelo "ser" mesmo, e pela essência das coisas, o que nos conduz a rejeitar, a "refutar", a abolir as outras versões, que, no entanto, são sentidas e vividas por outros. Ela nasceu na Grécia Antiga no século 6 a.C., como um meio de buscar conhecimentos diferentes daqueles apresentados pela mitologia, num tempo onde a religião explicava desde os fenômenos da natureza até os fatos do cotidiano. "O mundo era interpretado pela mitologia, por isso existiam deuses para tudo. A resposta para as coisas eram sempre 'porque deus quis'. Chegou um momento, no entanto, em que o mito não dava mais conta de explicar tantas novidades".
O papel da religião é o de explicar os conteúdos existenciais do ser humano: de onde viemos, o que estamos fazendo aqui e para aonde vamos depois da morte. Quando indagamos sobre o papel da religião, associamos-lhe a ideia do  sentimento religioso, um dos mais complexos sentimentos que fundamentam a essência do ser humano. É um sentimento natural, como se vê claramente na Lei de Adoração. É sempre uma reverência ao Criador, ao Ser Supremo, ao Ser Sobrenatural, ao Desconhecido etc. Ele, em si, independe da razão, da inteligência, da cultura, do estudo. É natural, e por isso mesmo adquire diversas formas.
A espiritualidade, a vontade de buscar uma entidade divina que guie nossas vidas através do bem, é um instinto que nasce dentro de cada um. A necessidade de se associar a um grupo de pessoas para compartilhar essa espiritualidade gera regras de comportamento que muitas vezes não se adequam mais aos padrões sociais da vida atual.
Promessas de mudança de vida imediata e não na salvação fazem com que fiéis contribuem e muito com dinheiro a seus pastores. Templos milionários em muitos países. Quem assistiu à entrevista de Edir Macedo viu que ele é um empresário muito bem sucedido. Um empresário de Deus. Uma de suas declarações, extraídas de uma revista, deixa claro sua missão: "Se Deus é um homem rico, porque eu que sou seu filho teria que viver miseravelmente?". Talvez o grande comandante evangélico se esquecesse de que a riqueza de Deus não é material.
No geral acho que as ideologias deveriam introduzir um Deus de amor, um Deus de compreensão, e focar suas regras morais e familiares nas tendências da vida social das pessoas na atualidade. Quebrar paradigmas de condutas defendidas por muitos anos. Criadas numa época onde os mais humildes não tinham direito a pensar, a tomar as rédeas de sua vida, questionar e a dialogar. Eu pessoalmente, prefiro ficar com a pregação do amado apóstolo de nosso Senhor Jesus Cristo: 
Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? (1 Coríntios 1:20)

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